D&D 5.0 Sagas: Tomb of Annihilation

A conversa das ruas e das tabernas tem sido a chamada “maldição da morte”: uma doença perdida que aflige a todos os que já foram ressuscitados dos mortos. As vítimas tornam-se mais magras e fracas a cada dia, lentamente, mas de forma constante, deslizando em direção à morte que uma vez negaram.

Quando eles finalmente sucumbem, eles não podem ser trazidos mais de volta – e tampouco alguém pode, independentemente de ter recebido esse milagre no passado. Templos e estudiosos da magia divina estão não conseguem explicar uma maldição que afetou toda a região e, possivelmente, o mundo inteiro.

A causa é um artefato necromântico chamado Soulmonger, que está localizado em algum lugar em Chult, uma misteriosa península muito ao sul, rodeada de montanhas e sufocada de florestas tropicais.

O LIVRO

Levemente inspirada na famosa The Isle of Dread, de forma que os personagens desembarcam no litoral de uma ilha cujas bordas são conhecidas e mapeadas, e vão se embrenhando no interior desconhecido da selva, até encontrarem a "Tumba da Aniquilação" propriamente dita, esta nova aventura leva os personagens até Chult, o continente perdido de Forgotten Realms, famoso por suas densas selvas povoadas por dinossauros. É lá que Acererak, o vilão da famosa Tomb of Horrors (e agora não mais um demilich, mas sim um archlich) se prepara para por em ação seu plano que envolve roubar as energias mágicas de feitiços de ressurreição por todo o mundo de Toril, fazendo todos aqueles que já foram ressuscitados alguma vez enfraquecerem, definharem e morrerem. E isso inclui muitos dos NPCs famosos e heróis dos Reinos.

A selva, está sofrendo de uma infestação de mortos-vivos, e os personagens terão de confrontar hordas de zumbis, dinossauros, e zumbis dinossauros que vomitam mais zumbis! A tumba em si, como não poderia deixar de ser, é recheada de puzzles e armadilhas mortais, nas quais você precisará inventar uma solução para poder avançar além delas, não bastando apenas ser bem sucedido em um teste de habilidade igual a versão original.

Justamente porque essa aventura foi projetada para ter um nível desafiador de dificuldade. Ela term um modo de jogo chamado “modo moedor de carne” no qual você precisa fazer testes de resistência contra a morte com CD 15 (no lugar de 10). E tem regras especiais sobre o que acontece quando você morre enquanto os planos de Acererak ainda não foram frustrados.

O formato da aventura é bastante aberto, com muitos locais a serem explorados e grande liberdade sobre onde ir, mas que vai ficando mais claustrofóbico à medida em que os aventureiros vão avançando e entrando na tumba que dá nome à aventura. Há muitos lugares que são explorados e mapeados por fora, mas que são completamente desconhecidos por dentro, e a escolha que o grupo fizer de guia pode influenciar bastante os acontecimento nas primeiras partes da campanha.

A aventura também traz um almanaque da região de Chult, que descreve o Porto Nyranzaru, e da um tratamento mais detalhado para quem quiser mestrar mais nesta região. Existe muita exploração, culturas perdidas, cidades escondidas e muitos mistérios, incluindo NPCs e lugares bastante interessantes de se aventurar. Alguns monstros clássicos de edições anteriores reaparecem, como o Zorbo (um urso coala psíquico), o Froghemoth e o Monstro-Su. Extremamente detalhado, alguns designers chamam este livro de “um cenário com uma aventura em cima”. E pela região ser bastante isolada e auto-contida, Mike Mearls, chefe do departamento de design, diz que você poderá simplesmente usar o cenário da Península de Chult como parte de praticamente qualquer mundo de D&D 

O design dessa aventura oficial de D&D 5ª Edição é de Christopher Perkins, Will Doyle e Steve Winter, com design adicional de Adam Lee. A consultoria dessa história foi feita pelo premiado criador do Adventure Time (“Hora da Aventura”) do Cartoon Network, Pendleton Ward. Tomb of Annihilation foi lançada mundialmente no dia 19 do mesmo mês. Como todos os livros da 5ª Edição, ela tem capa dura e miolo colorido e custa em torno de US$ 49,95 dólares.

SUPLEMENTOS E ACESSÓRIOS

Como é de praxe, toda nova saga vem acompanhada com vários outros lançamentos, o primeiro apresentado da saga é o suplemento Xanathar’s Guide to Everything, queé um suplemento de regras e novas opções como foi o Sword Coast Adventurer’s Guide. Ele traz as versões finais de várias mecânicas previamente testadas na coluna Unearthed Arcana, como a nova mecânica revisada de Armadilhas. Haverá duas sub-classes para cada classe, exceto o mago que receberá apenas uma, e novas mecânicas para os Mestres “expandirem” seus jogos. O nome do suplemento é por conta do beholder que é chefe de uma guilda de ladrões e que será o narrador do livro, assim como Volo o foi de seu guia de monstros.

Além da aventura, do suplemento e da expansão para o game Neverwinter, a WizKids lançou miniaturas da Tumba e das armadilhas, dados temáticos, uma expansão para Dice Masters e o Boardgame da Saga:

Por último mais não menos importante, além de todos esse produtos da nova saga, também foi anunciado um outro boardgame, Betrayal at Baldur’s Gate, que mistura D&D com o famoso boardgame Betrayal at the House of the Hill, esse eu recomendo!

REVIEW DA AVENTURA

A Tumba da Aniquilação leva nossos aventureiros para as florestas inexploradas de Chult, no sul dos Reinos Esquecidos. Ela mantém os personagens ligados aos Reinos Esquecidos, mas ainda lhes dá um cenário quase inexplorado. O design desta aventura é excelente e facilmente dividido em partes o que facilita encaixa-las em nossas próprias campanhas, se assim o desejarmos. Podemos usar o Porto Nyanzaru como bem entendermos como um cenário de campanha em uma cidade em miniatura. O capítulo 2 nos dá mais de uma dúzia de pequenos locais e covis que podem ser explorados e usados como pequenas aventuras. Enquanto a cidade de Omu tende a se aproximar da história, os dois últimos capítulos podem ser executados como masmorras independentes. Certamente essa aventura é a mais modular das aventuras publicadas até hoje.

Tomb of Annihilation funciona muito bem como uma campanha completa também. A crescente ameaça da maldição da morte, os mistérios das ruínas em Chult, a intriga política em Port Nyanzaru, o cenário de Omu e as ameaças mortais no Túmulo da Aniquilação trazem grandes aventuras aos nossos personagens por centenas de horas de jogabilidade.

REQUISITOS PARA O MESTRE 

Tomb of Annihilation tem quatro problemas que os DMs precisam resolver ao executá-la:

Não há aventura introdutória. Você pode usar a muito popular Cellar of Death ou rolar sua própria aventura para apresentá-la. Eu usei uma aventura própria como sessão zero, mas um fio condutor para a saga eficiente, pode ser uma trama na qual os personagens caçam o último sacerdote bhaalita que conhecia a maldição da morte e que ela estava nas profundezas de Chult. Isso deve ser o suficiente para começar.

Alguns NPCs podem ser um aborrecimento quando entram para o grupo. Preste atenção em quais NPCs você deseja que façam parte da equipe e tenha na manga uma boa maneira de expulsá-los quando eles se tornarem um problema. Alguns guias não valem o trabalho, e além disso, Artus Cimber e Dragonbait podem eclipsar rapidamente os personagens com seu poder de combate bruto.

Como está escrito, a Maldição da Morte é muito urgente . Não descreva a decadência diária do povo ressuscitado e, em vez disso, descreva a maldição da morte de maneira mais abstrata, para que você possa usá-la como um botão de urgência. Se você for muito agressivo, os personagens não vão querer explora-la. Se for muito vago, eles podem esquecer completamente dela. 

Quando eles alcançam o Túmulo dos Nove Deuses, o jogo se torna muito mais mortal. Jogadores que viram seus personagens crescerem por nove níveis durante suas explorações em Chult podem vê-los morrer com um simples toque de um botão. Eu recomendo remover os componentes da morte instantânea das armadilhas e perigos mortais na tumba e substituí-los por ferimentos permanentes do Dungeon Master's Guide .

Fonte de Pesquisa: https://dnd.wizards.com e http://slyflourish.com